No segundo dia fomos a Roça do Rio de Ouro, quase uma cidade.
Noutros tempos trabalhavam lá para cima das duas mil e quinhentas pessoas.
Os edifícios coloniais, ente eles um hospital, quase todos abandonados e em grande estado de degradação. Uma pena!
Depois fomos pela costa pelo caminho paramos à beira de um rio a ver as mulheres a lavar a roupa, é como uma lavandaria low-cost, todas alegres a cantar, algumas com os filhos às costas uma ternura. De volta ao caminho, tomei banho na praia Tamarindo, seguimos depois para a Lagoa Azul epassamos pelo único túnel da ilha. Voltamos para trás e fomos almoçar a Neves. Uma cidade bem movimentada. Num largo com uma fonte, saímos da estrada principal e entramos numa rua estreita com casas de madeira de um lado e do outro, logo antes de outro largo, do lado direito fica o Santola no primeiro andar, em baixo além da sala de entrada, da casa de banho e da cozinha, havia uma pequena loja com tudo onde comprei malaguetas.
Subimos as escadas para a sala de comer e esperamos pelas santolas. Primeiro chegaram as cervejas bem geladas feitas ali perto depois vieram sete “bichos” enormes, ainda mornos. fresquíssimos, a saber a mar acompanhados de pão torrado com manteiga e banana-pão frita. Estas santolas não têm nada a ver com as nossas, a casca é mais mole, mas são igualmente saborosas, vinham como entraram para a panela. Inteiras, sem serem arranjadas. Ainda bem, depois de comer as patas, o miolo da casca marchou com as torradinhas.
As bananas quase não lhes toquei. Acabamos com um café de cafeteira. Gostei imenso! Não é tasca para gente niquenta, muito lixo à volta e alguns cheiros! É para quem gosta de comer bem, sem fantasias nem truques, uma cozinha simples, básica, muito boa!
Muitos turistas portugueses ao olhar para o restaurante desistiram e foram embora. Depois de lhes contar a minha experiencia ficaram cheios de pena por não terem arriscado.
De seguida regressamos a S. Tomé para irmos ao Mercado, já era tarde cá fora os Mão no Chão estavam a dar um concerto, toda gente a dançar, a loucura total!
Dentro do mercado estava tudo às escuras, depois de habituar a vista lá comecei a ver e a regatear os preços das malaguetas.
Depois de atravessar a praça, já na rua, um grupo precursão dava música a uns bailarinos/atores que actuavam na rua. Fui um privilegiado, por assistir a estes 2 espectáculos no mesmo dia.
A Avenida da Roça
No rio as lavadeiras da “Lavandaria Low Cost”
Um surfista e a sua prancha!
O restaurante A Santola
O largo em frente ao Restaurante
A loja por baixo do restaurante do “Santola” onde comprei as malaguetas
A minha Santola 🙂
As 7 Santolas
Ao lado do restaurante, no café a ver a novela.
O mercado já iluminado!
O grupo “Mão no Chão”
A Roça Rio d’Ouro é a Roça Agostinho Neto (pós-independência).