Fui jantar a Matosinhos. Primeiro tinha pensado na Mauritânia, (uma marisqueira onde já não ia há muitos anos), liguei para lá e marquei mesa, mas quando cheguei não era a marisqueira que eu conhecia. Pensei: “Será que o taxista se enganou?”
O nome era mesmo, Mauritânia, mas não era uma marisqueira. Entretanto, um amigo meu tinha-me dito que quando fosse ao Porto, devia jantar no Valentim. Andei à procura do dito cujo e, na dúvida, perguntei a um ‘nativo’ qual o melhor restaurante para jantar ali na rua. Acabou por me dizer que eram todos bons, mas que, talvez, o São Valentim fosse o melhor. Valentim? São Valentim? Seria o mesmo?
Passei à porta dos dois e entrei no que tinha mais clientes: O São Valentim. Já sem lugar no rés do chão, jantamos no primeiro andar. O empregado, muito solícito, tentou convencer-me a comer amêijoas, que não me apetecia nada, e expliquei-lhe que no Norte faziam as amêijoas à Bulhão de Pato com salsa, em vez de coentros. O funcionário ficou olhar para mim meio desconfiado, pois ali as amêijoas são feitas com coentros.
A recomendação seguinte foi um rodovalho ou um peixe-galo, que para mim são dos melhores peixes para grelhar, mas também não era bem aquilo que me apetecia.
Escolhemos um robalo que estava ótimo. Bem grelhado e fresquíssimo. Para acompanhar, o vinho verde da casa que também era bom. Como entrada comemos umas gambas cozidas, também muito boas.
Acabámos a refeição com uma tarte de limão e um café. Posso dizer que foi uma boa experiência. Quando voltar a Matosinhos, experimento o (só) Valentim.