Voltei à Galiza. Voltei a A Guarda. Voltei ao Chupa Ovos!
Sempre que posso, passo por lá. É só atravessar no barco e até à A Guarda é um saltinho. Gosto bastante deste restaurante, como já escrevi há uns ano. Desta vez preparava-me para experimentar coisas diferentes e, com a ‘ajuda’ da “camareira”, acabei por comer quase o mesmo de sempre.
Da outra vez experimentei o berbigão ao vapor, que continuam ótimos. Carnudo e a saber a mar. Os mexilhões tigres gratinados eram muito bons e os ovos mexidos eram assim uma espécie de Brás com pouca batata palha e muitos ovos, gambas e presunto. As croquetas de presunto eram deliciosas, mas as de bacalhau ficam a anos luz dos nossos pastéis. Tenho a dizer que, embora não soubessem a bacalhau, estavam deliciosos, assim como os calamares à Chupa Ovos com umas batatas fritas finíssimas.
Nos postres (sobremesas), o costume, nada de especial.
Desta vez senti, na minha opinião, que assim que nos identificam como portugueses, decidiram empurrar os mexilhões tigres, os calamares, os berbigões, os ovos e outras coisas que os turistas portugueses gostam.
Vá lá que comi uns quisquilla (camarões) que estavam ótimos. Os calamares vieram fritos, bons como tudo o que comemos. Quanto aos doces, nem arrisquei. Guardei-me para Portugal.
Quando me vinha embora, estava o chefe a preparar umas vieiras com muito bom aspeto. Ainda lhe disse, em jeito de reclamação, se aquilo era comida para espanhóis e a mim impingiam-me sempre a mesma coisa. A sorrir, lá me foi dizendo que ficava para uma próxima.
Essas próxima, se lá voltar, juro que não me vou deixar influenciar com os conselhos da camareira!
Mas, como de costume, gostei muito de lá ir.
Tenho a certeza que vou voltar sempre que passar por ali.