Sável frito com açorda do mesmo

Estamos na época do sável. Há apreciadores que andam muitos quilómetros em Portugal, para o comer em restaurantes especializados este tipo de iguaria. Eu como-o em minha casa!
Antigamente, no Ribatejo, lá na minha zona, o sável era pescado no Tejo e no Zêzere. Os meus pais compravam diretamente aos pescadores ou às peixeiras que vinham à aldeia vender o peixe do rio. Eram outros tempos! O Tejo não estava poluído e o Zêzere tinha peixe com fartura. Agora, compro-o na mesma no Ribatejo, mas, na Peixaria do Mercado no Entroncamento. A Dulce, a Maria Manuela e a mãe de ambas têm uma bancada com o melhor peixe do Ribatejo, para não dizer de Portugal. O peixe é realmente muito bom, completamente fresco.
Este fim-de-semana, fui lá comprar uns carapaus, umas pescadinhas de rabo na boca e claro, o sável! Tinha 4,5 quilos, era espectacular! A Dulce com paciência, lá me amanhou e cortou o peixe às postas bem fininhas, sem cortar as unhas.
Tinha lá em casa a Maria Alice, e ela é que sabe temperar o sável a sério, de maneira a que as muitas espinhas desapareçam de um dia para outro.
Desta vez, estive a vê-la temperar o peixe. Não fazia ideia da quantidade de limões que usou para temperar o sável.
Éramos 20 para o almoço, o sável com os carapaus e as pescadinhas chegaram perfeitamente! Claro que à parte ainda havia um lombo assado, umas febras que tinham sobrado da véspera, um resto de sopa de couve e feijão, e outras coisas.